O parlamentar afirmou que as recentes nomeações políticas para cargos estratégicos evidenciam uma ação coordenada por figuras influentes do governo, como os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa.
"Alexandre Silveira e Rui Costa, que, com a força de titãs, no atual governo, garantem a inclusão de seus protegidos em posições-chave, garantem que a máquina estatal opere não em prol do desenvolvimento nacional, mas para manter a roda viva da política partidária girando", afirmou.
Izalci ressaltou que, em menos de cem dias, a nova gestão da Petrobras já foi alterada para acomodar interesses políticos, o que, segundo ele, tem transformado a empresa em uma “ferramenta de barganha política”.
Segundo o senador, a inclusão de indicados com qualificações questionáveis em posições de comando nas áreas de exploração, engenharia e transição energética compromete a eficiência e a inovação da estatal.
"A Petrobras, outrora uma gigante com potencial para liderar o Brasil rumo a um futuro energético sustentável, agora se arrasta sob o peso de interesses mesquinhos e corruptos. O retorno do aparelhamento político à estatal é uma afronta não apenas ao mercado, mas a toda a nação, que mais uma vez verá o seu patrimônio ser dilapidado em prol de uma minoria que, em nome do poder, não hesita em destruir o que deveria ser preservado", disse.
O senador também criticou recentes alterações nas regras internas da Petrobras, feitas, segundo ele, de forma acelerada para garantir o controle político da empresa antes que medidas de controle e regulação pudessem ser implementadas. Para Izalci, essas mudanças sinalizam um enfraquecimento da governança e a prevalência de interesses políticos sobre a integridade da estatal. Ele mencionou ainda que bancos de investimento, como Citi, UBS e HSBC, já demonstram preocupação com as mudanças na empresa.
"O futuro da Petrobras e, por consequência, do Brasil está sendo jogado em um tabuleiro onde as peças são movidas por interesses que nada têm a ver com o bem-estar da população. É com um misto de indignação e desespero, enquanto a história se repete, que a Petrobras, mais uma vez, é levada ao abismo por aqueles que deveriam protegê-la. Vítima de um novo aparelhamento político, a empresa que um dia já foi orgulho nacional segue, mais uma vez, em direção ao colapso, sacrificada no altar dos interesses partidários. E digo isso porque participei da CPI da Petrobras e vi tudo o que aconteceu nessa empresa."
Comentários: