A União Europeia anunciou nesta segunda-feira (14) que decidiu impor sanções ao Irã, acusado de entregar mísseis balísticos à Rússia em sua guerra contra a Ucrânia. Os Estados Unidos, o Reino Unido, a França e a Alemanha já haviam adotado sanções desse tipo em meados de setembro deste ano.
Os ministros das Relações Exteriores da UE, reunidos em Luxemburgo, decidiram sancionar 14 entidades e indivíduos no Irã, incluindo a companhia aérea Iran Air, por terem entregue ou facilitado a entrega de mísseis balísticos a Moscou, disseram os 27 Estados-membros do bloco em um comunicado.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou a adoção dessas sanções na rede X, mas pediu que “mais” fosse feito para defender a Ucrânia. Com a aproximação do inverno no hemisfério norte, as forças russas intensificam seus ataques contra as cidades ucranianas, e a infraestrutura de energia.
Além da Iran Air, duas outras companhias aéreas iranianas foram sancionadas: Saha Airlines e Mahan Air. O vice-ministro da defesa de Teerã, Seyed Hamzeh Ghalandari, é uma das sete autoridades iranianas sancionadas. Duas empresas iranianas acusadas de fornecer o combustível usado por esses mísseis balísticos estão incluídas na lista de sete entidades sancionadas.
As sanções incluem o congelamento de bens respectivos na UE e a proibição de viagens dentro da União
Em 11 de setembro, Washington, juntamente com Paris, Londres e Berlim, anunciou a imposição de sanções a seis empresas iranianas de drones e mísseis balísticos, fornecedoras da Rússia por meio de um contrato assinado no final de 2023, e a dez de seus gerentes e funcionários.
O Irã rejeitou as acusações ocidentais de transferências de mísseis. No entanto, de acordo com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, dezenas de soldados russos foram treinados no Irã para usar o míssil balístico Fath-360, que tem um alcance de 120 quilômetros.
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