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Suspeito de nova tentativa de assassinato de Trump esteve na Ucrânia para apoiar combatentes
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Suspeito de nova tentativa de assassinato de Trump esteve na Ucrânia para apoiar combatentes

O ex-presidente americano, Donald Trump, foi alvo de uma nova tentativa de assassinato neste domingo (15) na Flórida, segundo o FBI.

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O incidente aconteceu por volta das 13h30, quando os seguranças do magnata notaram uma movimentação estranha próxima dos limites do campo de golfe de West Palm Beach. De acordo com a polícia, um homem armado se escondeu nos arbustos atrás das grades do clube, a uma distância entre 275 e 455 metros do ex-presidente.

Os seguranças atiraram contra o suspeito, mas ele conseguiu fugir em um carro preto. Uma testemunha ajudou os policiais a identificar o veículo e o homem acabou sendo detido na estrada próxima ao Condado de Martin, vizinho ao de Palm Beach.

O suspeito, identificado como Ryan Wesley Routh, tem 58 anos e está sob custódia. Mais tarde, os policiais encontraram no clube de golfe um rifle AK-47, duas mochilas e uma câmera Gopro.

"O presidente Trump está são e salvo após os disparos ocorridos nas proximidades", informou o diretor de campanha do magnata, Steven Cheung, em um comunicado.

O xerife William Snyder, do condado vizinho de Martin, declarou à rede CNN que o suspeito tinha "uma atitude bastante tranquila e impassível. Não demonstrava muitas emoções". O ex-presidente, que deixou a presidência em 2021, já havia sido vítima de um atentado em 13 de julho, enquanto discursava em um comício ao ar livre em Butler, na Pensilvânia.

Ativo nas redes sociais
Ryan Wesley Routh era ativo nas redes sociais. Em uma postagem no X, ele escreveu que a campanha de Trump deveria chamar-se MASA, ou Make America Slave Again (Escravize a América Novamente, em tradução livre). No texto, o suspeito diz que a democracia "estava em jogo" nessas eleições.

Ele trabalha como construtor autônomo de moradias populares no Havaí. Segundo informações dos investigadores, Routh viajou à Ucrânia em 2022, onde tirou fotos ao lado de combatentes, além de ter feito campanhas para recrutar soldados e fundos para ajudar na defesa do país europeu.

A AFP entrevistou Routh em Kiev, em abril de 2022, enquanto ele participava de uma manifestação em apoio aos ucranianos presos na cidade portuária de Mariupol.

"Putin é um terrorista e temos que acabar com ele. Portanto, precisamos que todos, em todo o mundo, parem o que estão fazendo e venham aqui agora", disse ele na época. 

Segundo o FBI, as razões do atentado ainda não estão claras e a investigação do FBI pretende desvendar ainda os detalhes de como o suspeito organizou o ataque.

Reações ao ataque
Após o incidente, Trump usou um tom parecido ao utilizado após o primeiro atentado em Butler, na Pensilvânia em julho, em um e-mail direcionado principalmente aos seus financiadores de campanha. “Eu estou seguro e bem! Eu nunca vou me render!”, escreveu o ex-presidente.

A Casa Branca divulgou um comunicado em seguida, informando que o presidente Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris haviam sido informados sobre o incidente e estavam "aliviados" que Trump estava seguro.

Kamala Harris, candidata à presidência pelo partido Democrata, usou o X para reagir ao atentado."Recebi a notícia sobre os disparos próximos ao ex-presidente Trump e sua propriedade na Flórida, e fico feliz que ele esteja são e salvo", disse. "A violência não tem lugar nos Estados Unidos", completou.

No início da noite, Trump usou sua plataforma Truth Social para agradecer e elogiar os agentes do serviço secreto, e toda a força de segurança que trabalhou para impedir o ataque deste domingo.

"Gostaria de agradecer a todos pela preocupação e votos de melhoras. Foi certamente um dia interessante!", escreveu Trump. O governador da Flórida, Ron DeSantis, que é republicano, disse que o estado fará sua própria investigação sobre o atentado.

"O povo merece saber a verdade sobre o suposto assassino e como ele conseguiu chegar a 500 metros do ex-presidente e atual candidato do Partido Republicano", escreveu DeSantis em sua conta no X.

De acordo com fontes próximas de Trump, a decisão dele de ir ao campo de golfe no domingo foi de última hora e não havia sido divulgada. Em campanha, o ex-presidente programou uma viagem para Michigan na próxima terça-feira (17) para participar de um evento eleitoral.

FONTE/CRÉDITOS: rfi
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Vilson sales

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