Um drone foi lançado na direção da residência privada do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu no balneário em Cesaréia, informou na manhã deste sábado (19) o gabinete do premiê. Um comunicado indicou que Netanyahu e sua esposa não estavam no local e o incidente não causou vítimas.
Não ficou claro se a residência era a “estrutura na área de Cesaréia” que foi atingida por um drone, identificado como vindo do Líbano e que o exército israelense havia mencionado mais cedo.
Segundo os militares, o ataque não causou feridos e outros dois drones foram interceptados. O norte de Israel é alvo de uma série de projéteis lançados do Líbano e sirenes de alerta foram ativadas em diversas cidades, desde o início desta manhã.
Os disparos de drones não foram imediatamente reivindicados, nem pelo Hezbollah nem por qualquer outro movimento libanês.
Casal é morto em área cristã do Líbano
No Líbano, um homem e sua esposa morreram em um ataque israelense que atingiu o veículo no qual o casal estava, na estrada que liga Beirute ao norte do país, disse o Ministério da Saúde. O disparo ocorreu no setor de Jounieh, uma área cristã até então poupada dos bombardeios das últimas semanas.
Segundo a Agência Nacional de Notícias (Ani), “três foguetes atingiram um carro (…) em que um homem e sua esposa estavam na estrada”. A agência acrescenta que as duas pessoas escaparam e se refugiaram em uma área arborizada ao longo da estrada, antes de serem alvejadas novamente e mortas.
Israel tem levado a cabo operações terrestres nas regiões fronteiriças do sul do Líbano desde o final de setembro, apoiadas por uma campanha de ataques aéreos.
Bombardeios a Gaza
Enquanto, os bombardeios israelenses à Faixa de Gaza continuam, depois de um ataque que deixou mais de 30 mortos no norte do território palestino. A Defesa Civil anunciou que 33 pessoas morreram e “dezenas” ficaram feridas num bombardeio ao campo de refugiados de Jabalia, uma região no norte de Gaza onde o exército israelita realiza uma ofensiva aérea e terrestre desde 6 de outubro.
O movimento islâmico palestino afirmou na sexta-feira que os reféns detidos na Faixa de Gaza não seriam libertados antes de um fim da ofensiva israelense, lançada em 7 de outubro de 2023 em resposta ao ataque realizado pelo Hamas no terreno israelense. O Hamas garantiu que a morte do seu líder, Yahya Sinwar, considerado o arquiteto dos atentados e morto em uma operação israelense no sul de Gaza, iria “fortalecer” o movimento.
Pelo menos 42.500 palestinos, a maioria civis, foram mortos até agora na ofensiva israelense em Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU. O pequeno território, sitiado por Israel, é um verdadeiro “inferno na terra” para os milhões de crianças que ali vivem, disse o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) na sexta-feira (18).
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