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Quatro soldados italianos da ONU são feridos no Líbano e Roma acusa Hezbollah
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Quatro soldados italianos da ONU são feridos no Líbano e Roma acusa Hezbollah

Por sua vez, o Hezbollah declarou ter disparado "uma rajada de foguetes" contra soldados israelenses em Chamaa na sexta-feira.

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Quatro soldados italianos ficaram levemente feridos em um novo "ataque" contra a missão de manutenção da paz da ONU no Líbano, a Finul, informou na sexta-feira (22) o governo italiano e a força da ONU, atribuindo a responsabilidade ao Hezbollah.


"Fiquei sabendo com profunda indignação e preocupação que novos ataques haviam visado o QG italiano da Finul no sul do Líbano (e) ferido soldados italianos", afirmou a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, em um comunicado.

"Esses ataques são inaceitáveis e reitero meu apelo para que as partes envolvidas garantam a segurança dos soldados da Finul em todos os momentos e colaborem para identificar rapidamente os responsáveis", afirmou.

A Finul confirmou que quatro de seus capacetes azuis foram feridos por dois foguetes "provavelmente" disparados pelo Hezbollah ou por um grupo afiliado em Chamaa, precisando que suas vidas não corriam risco.

"Os foguetes (...) atingiram um bunker e uma área logística utilizados pela polícia militar internacional, causando danos significativos às infraestruturas vizinhas", explicou a missão da ONU.

Por sua vez, o Hezbollah declarou ter disparado "uma rajada de foguetes" contra soldados israelenses em Chamaa na sexta-feira.

Meloni não designou o responsável por esse ataque, mas seu ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, apontou o Hezbollah: "Devem ter sido dois mísseis (...) lançados pelo Hezbollah, mais uma vez", declarou ele à imprensa em Turim (noroeste da Itália).

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores informou à AFP que Roma aguardaria uma investigação da Finul.

Em comunicado, o Ministério da Defesa italiano informou que "quatro soldados italianos foram levemente feridos após a explosão de dois foguetes que atingiram a base UNP 2-3 de Chamaa, no sul do Líbano, que abriga o contingente italiano e o comando do setor oeste da Finul."

Bases da Finul como escudo
"Vou tentar falar com o novo ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, o que tem sido impossível desde sua posse, para pedir que ele evite usar as bases da Finul como escudo", afirmou o ministro da Defesa, Guido Crosetto, citado no comunicado.

Segundo um porta-voz da Finul, a força da ONU registrou mais de 30 incidentes em outubro que resultaram em danos materiais ou ferimentos aos capacetes azuis, sendo cerca de vinte deles causados por tiros ou ações israelenses.

Mais de dez mil capacetes azuis estão estacionados no sul do Líbano, onde a Finul está implantada desde 1978 para atuar como um "tampão" entre Israel e o Líbano. Eles são responsáveis, entre outras funções, por monitorar a Linha Azul, a demarcação estabelecida pela ONU entre os dois países.

A Itália é o principal contribuinte europeu (1.068 soldados, segundo a ONU), seguida pela Espanha (676), França (673) e Irlanda (370).

FONTE/CRÉDITOS: RFI
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Vilson sales

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