A polícia da Argentina prendeu, nesta sexta-feira, 15, dois brasileiros acusados pelo 8 de janeiro que estavam exilados no território argentino.
Foram presos Rodrigo Moro Ramalho, condenado a 14 anos de cadeia, e Joelton Gusmão Oliveira, condenado a 16 anos de prisão.
Em outubro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu à Justiça da Argentina a extradição dos brasileiros que estão exilados no país.
O juiz Daniel Rafecas, da Vara Federal de Buenos Aires, foi o responsável por determinar as prisões. Advogado de Oliveira, Bruno Jordano chegou a fazer um pedido de soltura.
De acordo com Jordano, a prisão é ilegal. Conforme explica, seu cliente tinha autorização provisória para morar no país. A Justiça da Argentina, no entanto, não aceitou o pedido.
Quem são os dois acusados pelo 8 de janeiro presos na Argentina
Ramalho é considerado foragido pela Justiça brasileira desde abril de 2024. Ele estava em liberdade provisória em Marília (SP). Antes de ir para a Argentina, cumpria medidas cautelares como o uso de tornozeleira e proibição de deixar a cidade.
A Oeste, Ramalho havia afirmado que tinha medo de ser preso, porque não cometeu nenhum crime. Além disso, a mulher dele e os dois filhos sofrem de osteogênese imperfeita, uma doença hereditária que causa fragilidade nos ossos, mais conhecida como “ossos de vidro”.
Antes de ser preso, Ramalho havia largado seu emprego para trabalhar de motoboy. O objetivo era ter mais tempo para cuidar da mulher e dos filhos.
Oliveira, por sua vez, morava em Vitória da Conquista (BA). Antes de exilar-se na Argentina, cumpria medidas cautelares em sua cidade, desde novembro de 2023.
Moraes também condenou a mulher dele, Alessandra Faria Rondon, a 17 anos de prisão. Ela também integra a lista de mandados de prisão, mas não foi presa junto com Oliveira
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