O empresário Elon Musk, dono do Twitter/X, divulgou novos documentos por meio do perfil "Alexandre Files", criado para expor ordens enviadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), à plataforma.
A publicação, feita na noite da quarta-feira, 4 de setembro, revela uma determinação de bloqueio de perfis de cidadãos comuns, emitida em 9 de março de 2023.
De acordo com Musk, Moraes ordenou a censura de contas com poucos seguidores, cujos donos expressavam apoio a ideologias conservadoras. O empresário afirmou que a medida fere direitos constitucionais, como a liberdade de expressão, o devido processo legal e a proteção de dados pessoais.
“Moraes não conseguiu identificar uma única postagem ilegal por parte de nenhum desses indivíduos, e muito menos o motivo pelo qual as contas teriam que ser integralmente bloqueadas”, afirmou Musk, através do perfil Alexandre Files.
Ele sugeriu que as censuras ocorreram porque Moraes discordava das crenças políticas desses usuários.
Musk ainda criticou o ministro, afirmando que censurar um dos lados de um debate político vai contra os princípios democráticos.
Em seu perfil pessoal, Elon Musk compartilhou as postagens do Alexandre Files e reforçou as críticas a Moraes. Ele acusou o ministro de tentar fazer com que o Twitter/X tomasse medidas ilegais de acordo com a legislação brasileira, sugerindo que a rede social permanecesse em silêncio sobre o assunto. “Se isso não é corrupção extrema, o que é?”, questionou Musk.
Perfis bloqueados por ordem de Moraes
Um dos perfis citados por Musk foi o de Katia Graceli, que está inativo desde novembro de 2020. Sua conta compartilhava conteúdos de apoio a Donald Trump e Jair Bolsonaro.
Outro perfil bloqueado foi o de Beto Rossi, que também expressava apoio a Bolsonaro e publicava críticas a Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT. A última postagem de Rossi foi feita em outubro de 2023. Um dos memes que ele compartilhou fazia referência ao codinome “amigo do amigo do meu pai”, relacionado ao ministro Dias Toffoli, revelado pela revista Crusoé.
Por fim, o perfil de Lucinha Ramiro, inativo desde maio de 2022, também foi bloqueado. A conta divulgava convocações para protestos e publicações críticas a Lula e ao PT, seguindo o mesmo padrão de apoio a Bolsonaro.
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