Esta sexta-feira, um “ataque direccionado” do exército israelita na periferia de Beirute, no Líbano, fez, pelo menos, oito mortos e 59 feridos. Fonte próxima do Hezbollah afirmou que um chefe de uma unidade de elite morreu.
De acordo com o ministério libanês da Saúde, o bombardeamento, esta sexta-feira, matou, pelo menos, oito pessoas e feriu 59 na periferia de Beirute. A Agência France Presse adianta que fonte próxima do Hezbollah afirmou, esta sexta-feira, que o chefe da força Al-Radwan, uma unidade de elite do Hezbollah, morreu no ataque.
"O ataque israelita visou o chefe da força Al-Radwan, Ibrahim Aqil, que foi morto", afirmou a fonte à AFP. Este responsável do Hezbollah era procurado pelos Estados Unidos.
O exército de Israel tinha anunciado, em comunicado, ter realizado, esta sexta-feira, “um ataque direccionado” em Beirute. De acordo com a agência de notícias Reuters, o ataque visou o comandante das operações do Hezbollah, Ibrahim Aqil, e aconteceu junto de infra-estruturas do movimento na periferia sul de Beirute.
Ibrahim Aqil, conhecido também como Tahsin, pertence à mais alta instância militar do Hezbollah, o chamado Conselho do Djihad. Até agora não foi feito nenhum anúncio oficial.
Antes, o Hezbollah anunciou ter visado posições israelitas e a televisão pública israelita noticiou que cerca de 150 rockets foram disparados a partir do Líbano em direcção a Israel.
Na quinta-feira, após uma vaga de detonações que visaram, esta semana, milhares de equipamentos de transmissão ( pagers e walkie-talkies ) da milícia xiita libanesa, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, garantiu que Israel iria receber "um castigo terrível".
O líder do Hezbollah acusou Israel de ter "ultrapassado todas as linhas vermelhas", denunciando um "massacre" que poderia constituir um "acto de guerra" ou mesmo uma "declaração de guerra".
As detonações, ocorridas em bastiões do Hezbollah nos subúrbios a sul de Beirute, bem como no sul e leste do Líbano, provocaram mais de 30 mortos e mais de três mil feridos.
A ONU e Washington alertaram para uma "escalada" após estes ataques inéditos, que fizeram renascer os receios de uma escalada no Médio Oriente.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se, esta sexta-feira, de urgência para debater estes ataques, descritos por especialistas em direitos humanos mandatados pela ONU como uma violação "aterrorizante" do direito humanitário que pode constituir "crimes de guerra".
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou na quarta-feira que os objectos civis não devem ser "transformados em armas".
Comentários: