Após serem impedidos de acompanharem o julgamento da denúncia contra Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), deputados aliados do ex-presidente foram liberados para acompanhar a votação no STF. A Primeira Turma da Suprema Corte deu início, nesta terça-feira (25), ao julgamento que pode tornar Bolsonaro réu por suposta tentativa de golpe de Estado.
À imprensa, parlamentares e deputados da oposição reclamaram da dificuldade de acessarem à sessão que julga a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra Bolsonaro. “Vários deputados querem estar presentes mas nós temos limitação do espaço”, declarou o deputado federal e líder da oposição na Câmara, Luciano Zucco (PL-SC).
Além do parlamentar, outros deputados também foram impedidos de acessarem ao plenário da Primeira Turma. Em resposta, a assessoria do STF informou que os parlamentares não foram autorizados a acompanharem o julgamento por chegarem atrasados. “Os deputados chegaram após o início da sessão e foram orientados a acompanhar da segunda turma. Após autorização do ministro, foram liberados”, disse em nota.
Além de Zucco, os deputados Zé Trovão (PL-SC), Maurício do Vôlei (PL-MG), Evair de Melo (PP-ES), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Delegado Caveira (PL-PA) foram autorizados a acompanharem o julgamento da sala da Primeira Turma. Em nota, Zucco lamentou a ausência de demais parlamentares que não puderam acompanhar a sessão no STF.
“Deixamos registrado nosso repúdio com o impedimento de colegas da oposição que não puderam acessar o local do julgamento. Seguimos atentos ao desenrolar deste processo, reafirmando nosso compromisso com a verdade e com a justiça”, disse.
Em declaração à imprensa antes de ter seu acesso à sessão liberado, o líder da oposição da Câmara, fez críticas à denúncia contra Bolsonaro e chamou o julgamento iniciado nesta terça de “evento político”.
“Estamos diante de um evento político. Por mais que o STF tenha a sua necessidade clara de fazer justiça, hoje, nós estamos aqui para ver a justiça que será feita baseada em uma dita ação da PGR que trabalha onze delações de um colaborador ameaçado e delações diferentes da primeira à 11ª […] Ficaremos [aqui, no STF] hoje e amanhã para realmente enxergar e aprender que direito eles querem ensinar para a sociedade brasileira. O mundo está atento no dia de hoje ao que vai acontecer, pode ter certeza”, disse à imprensa.
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