O FBI acusou o oficial da CIA, Asif Rahman, na terça-feira, por vazar documentos altamente confidenciais sobre o plano de Israel para retaliar o Irã após um ataque com mísseis ocorrido no início deste ano.
O incidente destaca a preocupação com a necessidade de reforma na CIA, devido à percepção, por parte de críticos, de que a agência frequentemente atua fora do interesse nacional.
Adam Goldman e Seamus Hughes, do The New York Times, foram os primeiros a divulgar as acusações contra Rahman, que foi preso pelo FBI sob duas acusações de violação da Lei de Espionagem:
Os documentos foram preparados pela Agência Nacional de Inteligência Geoespacial, que analisa imagens e informações coletadas por satélites espiões dos EUA e realiza trabalhos de apoio a operações clandestinas e militares.
As informações contidas nos documentos são altamente classificadas e detalham interpretações de imagens de satélite que indicam um possível ataque de Israel ao Irã. Esses dados começaram a circular no mês passado no aplicativo Telegram. Autoridades dos EUA haviam declarado anteriormente que não sabiam de onde os documentos tinham sido retirados e que estavam procurando a fonte original do vazamento.
Documentos do tribunal indicam que Rahman possuía uma autorização de segurança de nível ultra-secreto, com acesso a informações compartimentadas e sensíveis, algo comum para muitos funcionários da CIA que lidam com materiais confidenciais.
O FBI reconheceu em outubro que havia iniciado uma investigação sobre o vazamento. Mais detalhes sobre a investigação podem ser encontrados aqui.
Antes da prisão de Rahman, algumas pessoas tentaram, sem provas, responsabilizar uma funcionária iraniana-americana do Pentágono pelo vazamento. Jennifer Griffin, da Fox News, relatou essas alegações:
A Fox News confirmou que o suposto responsável pelo vazamento do planejamento de guerra de Israel, Asif Rahman, foi preso no Camboja e, segundo informações, trabalhava para a CIA, e não para o Departamento de Defesa. Vale lembrar que aqueles que relataram, sem provas, que a oficial iraniana-americana do Pentágono, Ariane Tabatabai, era responsável pelo vazamento deveriam corrigir o registro. Ela foi difamada repetidamente sem evidências. Nós relatamos isso na época.
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