A nora de Donald Trump, Lara Trump, comparou os processos contra o presidente eleito dos Estados Unidos aos processos enfrentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Conferência da Ação Política Conservadora (CPAC) realizada nesta terça-feira, 4, na Argentina.
“Está claro. Na América, os democratas tentaram deixar Donald Trump fora da luta; Vimos isso no Brasil, com Bolsonaro, e é o mesmo jogo, o mesmo inimigo da democracia. A solução a curto prazo é continuar a lutar”, disse a esposa de Eric Trump, filho do presidente eleito dos EUA.
Integrante do Partido Republicano, Lara Trump afirmou que a “integridade eleitoral é tudo“, em referência ao sistema de votação brasileiro:
“Se o Brasil perder uma eleição injustamente, poderá perder o país para sempre. Vejam o estado atual do Brasil. Se perder uma única eleição injustamente, poderá perder o seu país para sempre. Se eles têm a oportunidade de salvar a democracia, esta deve ser a principal prioridade.”
A nora de Trump acenou para o presidente argentino, Javier Milei, ao elogiar as decisões econômicas adotadas pela Casa Rosada:
“Esta é a mudança que o povo votou e é a mudança que ele merece, porque todos sabemos que quando os políticos não servem o povo , eles “estão servindo a si mesmos”.
Processos contra Trump podem ser anulados
Nos Estados Unidos, o cenário para Trump parece estar mais favorável do que para Bolsonaro no Brasil.
A juíza distrital Tanya Chutkan aceitou o pedido do procurador especial Jack Smith e rejeitou, no dia 25 de novembro, o processo criminal federal em que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, era acusado de tentar anular sua derrota nas eleições de 2020 e de fomentar o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio.
“O Governo moveu-se para rejeitar a Acusação Substitutiva sem prejuízo. O réu não se opõe à Moção… e o tribunal a concederá”, deciciu Tanya.
No mesmo dia, Smith entrou com uma moção para retirar sua apelação em caso de registros confidenciais contra Trump. A juíza federal Aileen Cannon já tinha rejeitado a acusação em julho, sob alegação de que o procurador foi nomeado ilegalmente ao cargo de ‘advogado especial’
O indiciamento de Bolsonaro
Bolsonaro e mais 36 pessoas foram indiciados pela Polícia Federal (PF) em inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado no país.
Ao longo das 884 páginas, o órgão sugere que o ex-presidente “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito, fato que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade”.
Na última quinta-feira, 28, Bolsonaro clamou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por uma “anistia” aos presos pelos ataques de 8 de janeiro de 2023.
“Para pacificarmos o Brasil, alguém tem que ceder. Quem tem que ceder? O senhor Alexandre de Moraes”, afirmou em entrevista à Revista Oeste.
Bolsonaro seguiu com o pedido:
“Eu apelo aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), eu apelo. Por favor, repensem, vamos partir para uma anistia, vai ser pacificado“
Comentários: