O embaixador do Irã no Líbano está entre os feridos, informou a televisão iraniana. Uma menina de dez anos foi morta quando o aparelho do pai dela explodiu. Uma fonte próxima ao movimento xiita acusa Israel de estar por trás deste ataque cibernético.
No total, 2.750 pessoas ficaram feridas e nove mortes já foram confirmadas. Entre as vítimas fatais está uma menina de 10 anos, filha de um integrante do movimento Hezbollah no Líbano, que morreu após a explosão do equipamento de mensagens do pai dela.
O embaixador do Irã em Beirute, Mojtaba Amani, ficou ferido na detonação de um dos pagers que explodiram quase simultaneamente em vários locais dominados pelo grupo pró-iraniano Hezbollah, no Líbano, deixando centenas de feridos, anunciou a televisão iraniana.
O diplomata "disse há alguns minutos que estava bem, que estava consciente e que não corria nenhum perigo", acrescentou a emissora estatal, sem revelar se o pager, um sistema de mensagens que não precisa de chip e nem de conexão com a internet, pertencia ao embaixador.
Este é o primeiro incidente deste tipo desde que o Hezbollah, um aliado do grupo palestino Hamas, e Israel se enfrentam em confrontos de artilharia quase diários, após o início da guerra em Gaza, há quase um ano.
O ministro libanês da Saúde, Firass Abiad, disse à AFP que "centenas de membros do Hezbollah ficaram feridos pela explosão simultânea dos seus pagers" no sul de Beirute, no sul do Líbano e no Vale do Beca, áreas que são redutos do movimento islâmico.
Um jornalista da AFP no Vale do Beca informou que "dezenas de feridos" foram levados ao hospital. Um correspondente na cidade de Sidon indicou que dezenas de ambulâncias chegaram aos centros de saúde.
Hackers israelenses
A agência oficial de notícias do Líbano (ANI) relatou "um incidente de segurança sem precedentes nos subúrbios ao sul de Beirute e em várias regiões libanesas", que atribuiu ao "inimigo" israelense. A agência afirmou que o sistema "foi hackeado com alta tecnologia".
O movimento Hezbollah havia pedido aos seus membros para que parassem de usar telefones celulares para evitar o risco de intercepção de suas conversas por parte de Israel. O partido instalou, então, um sistema de pagers, que não necessita de assinatura telefônica, para organizar ações e convocar seus membros.
Em um comunicado publicado na rede social X, a Cruz Vermelha libanesa informou que está em "alerta máximo".
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