Em Cuba ocorreram em 2024 pelo menos 996 atos contra a liberdade religiosa, um número superior ao ano anterior, segundo apontou o Observatório Cubano de Direitos Humanos.
“Em Cuba continua-se violando a liberdade religiosa em suas diversas expressões (…). Tanto as limitações legais e burocráticas contra as igrejas independentes quanto o assédio repercutem no cidadão comum, que vê nas comunidades cristãs uma mão solidária em meio a tanta pobreza”, afirma o comunicado.
Entre as violações mais frequentes documentadas pelo OCDH está o impedimento de assistência à missa, as multas a religiosos de igrejas não reconhecidas pelo Estado, o assédio a cristãos com um compromisso cívico e a negação de assistência religiosa a presos políticos.
A vários presos políticos cristãos foi negada a assistência religiosa. Em abril, este direito foi negado a Oscar Sánchez Madan, membro do Fórum Antitotalitário Unido (FANTU) na prisão da província de Matanzas; e em setembro, a um participante das manifestações de Nuevitas, que se encontra na prisão de Kilo 8 em Camagüey. Em julho, a mãe de um preso político do 11J de Havana sofreu assédio e ameaças por parte da polícia política após ter participado de uma missa.
Além disso, impediram as Damas de Branco, em especial sua líder, Berta Soler, de assistir à missa em diferentes ocasiões e o sacerdote católico Kenny Fernández Delgado denunciou que foi intimado e ameaçado pela Segurança do Estado devido às suas publicações em redes sociais, onde fez um apelo para rezar por “uma solução de conflitos onde reine a paz e a justiça na Venezuela e em Cuba”.
Comentários: