O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Victor Santos, anunciou na última terça-feira, 29, que, para garantir a segurança durante a Cúpula do G20, em 18 e 19 de novembro, o governo federal vai decretar na capital fluminense uma Operação de Garantia de Lei e da Ordem (GLO). A ação dá às Forças Armadas autonomia para que atuem com poder de polícia.
A declaração de Santos ocorreu logo depois de uma reunião entre as forças de segurança do Rio e a Secretaria Nacional de Segurança Pública, ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Autoridades planejaram ações integradas sobre a segurança pública na cidade anfitriã.
“A GLO já é uma regra nesses grandes eventos, porque o país anfitrião tem a responsabilidade de garantir a segurança”, afirmou Santos.
Mobilização das autoridades para a segurança durante o G20, no Rio
Além de Santos, também participaram da reunião o secretário nacional de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo, e representantes da Polícia Civil e Militar. Cláudio Castro, governador do Rio, vai se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para solicitar maior flexibilidade nos gastos com segurança, apesar das restrições da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Sarrubbo afirmou que a GLO é uma decisão exclusiva do presidente da República. De acordo com ele, o Rio de Janeiro já se mostrou preparado para a realização de grandes eventos, como ocorreu nos Jogos Olímpicos de 2016.
“Nós temos convicção de que tudo correrá da melhor maneira durante o G20”, garantiu Sarrubbo.
Presença da Força Nacional e incidentes recentes
Desde o ano passado, a Força Nacional atua constantemente no Rio, com cerca de 70 homens designados para patrulhar as principais vias da cidade. Esse reforço ocorre desde o assassinato de três médicos, na Barra da Tijuca, por traficantes.
A descoberta de um centro de treinamento criminal em uma escola do Complexo da Maré também contribuiu para o pedido de auxílio federal.
Uma operação na última semana revelou a necessidade de reforço no esquema de segurança. A ação mostrou áreas da cidade inacessíveis à polícia, como o Complexo de Israel, onde Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, exerce controle. O criminoso mora em um resort luxuoso dentro da favela, e tem contra ele sete mandados de prisão. Recentemente, Peixão passou a ser investigado por terrorismo.
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