CCEP News

MENU
Gilmar Mendes defende que Bolsonaro seja julgado pela 1ª Turma do STF
Paulo Figueiredo

Justiça

Gilmar Mendes defende que Bolsonaro seja julgado pela 1ª Turma do STF

No plenário, o ex-presidente seria julgado por 11 ministros, incluindo o próprio Gilmar, Dias Toffoli, André Mendonça, Nunes Marques e o presidente do

IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes defendeu nesta quinta-feira (20) que a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas por suposta tentativa de golpe de Estado seja julgada pela Primeira Turma da Corte.

“Foi isso que o Tribunal decidiu ao permitir que fosse para as turmas o julgamento dos processos criminais. Inicialmente, se vocês se lembram, julgamos muitos no plenário. Depois isso passou para a turma. E é uma circunstância. Se o relator é da Primeira Turma, o processo vai para a Primeira Turma. Nós também temos nossos processos que julgaremos na Segunda Turma. Isto é natural como acontece”, disse o ministro.

A defesa de Bolsonaro deve tentar levar o julgamento para o plenário da Corte, pois o colegiado tem uma formação considerada desfavorável ao ex-mandatário. A Primeira Turma é formada por cinco ministros: Alexandre de Moraes (relator do caso), Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino.

No plenário, o ex-presidente seria julgado por 11 ministros, incluindo o próprio Gilmar, Dias Toffoli, André Mendonça, Nunes Marques e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso.

Gilmar também comentou sobre os próximos passos do processo, destacando que as defesas poderão apresentar suas contraprovas agora que a denúncia da PGR foi protocolada. Após a denúncia, Moraes liberou a íntegra da delação do tenente-coronel Mauro Cid e os vídeos dos depoimentos do militar.

“Portanto, nós temos uma ordem processual. Antes, nós tínhamos muita especulação, inquérito, assuntos que se falavam. Houve uma medida também do ministro Alexandre [de Moraes], que eu acho que é saudável, que foi abrir as delações, especialmente a delação do [Mauro] Cid, de modo que todos saibam de que nós estamos falando, quais são os lastros”, ressaltou.

Julgamento do Mensalão fez STF mudar regras
Originalmente, a competência para julgar ações penais era do plenário. Em nota, divulgada após a alteração, a Corte apontou que o julgamento do Mensalão (entre 2007 e 2013) congestionou a pauta e motivou o deslocamento das análises para as Turmas, em 2014.

Em 2020, a prerrogativa do plenário foi retomada quando o STF limitou o foro aos crimes de agentes públicos praticados no exercício do mandato e em razão da função pública.

Contudo, em dezembro de 2023, a Corte restabeleceu a competência das Turmas para processar e julgar ações penais originárias contra parte das autoridades com foro no Tribunal. A mudança foi proposta por Barroso para agilizar a distribuição dos processos criminais e reduzir a sobrecarga do plenário.

Gilmar doou indenização que recebeu de procurador
Nesta manhã, o decano visitou o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), que presta assistência jurídica a migrantes, e formalizou a doação dos R$ 100 mil que recebeu de indenização do procurador do Ministério Público de Goiás Fernando Krebs.

Em dezembro de 2024, o procurador foi condenado a pagar o montante por chamar Gilmar de “maior laxante do Brasil” durante uma entrevista em 2018. A declaração foi uma referência aos habeas corpus concedidos pelo ministro no âmbito da Lava Jato.

Denúncia da PGR contra Bolsonaro
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou Bolsonaro e outras 33 outras pessoas no inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado. A PGR acusa os denunciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

As penas máximas de todos os crimes imputados a Bolsonaro somam 43 anos de prisão. Mas a dosimetria da pena, caso ele seja condenado, só será definida no final do julgamento da ação penal, que ainda não foi aberta.

A defesa disse ter recebido a denúncia “com estarrecimento e indignação” e reforçou que Bolsonaro “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”.

FONTE/CRÉDITOS: Paulo Figueiredo
Comentários:
Sistema ccep de comunicação

Publicado por:

Sistema ccep de comunicação

Vilson sales