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Entorno de Bolsonaro avalia ação no exterior para minar denúncia no STF
Paulo figueiredo

Brasil

Entorno de Bolsonaro avalia ação no exterior para minar denúncia no STF

Sem entrar em detalhes, bolsonaristas querem promover uma comoção sobre as acusações de tentativa de golpe; criticam a velocidade do processo

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Sem entrar em detalhes, bolsonaristas querem promover uma comoção sobre as acusações de tentativa de golpe; criticam a velocidade do processo

O entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estuda algumas ações internacionais em relação à denúncia pela suposta tentativa de golpe ao STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo apurou o Poder360, o movimento seria uma estratégia para promover uma comoção no exterior. A avaliação de aliados é de que a velocidade do processo tem sido “atípica” e a expectativa é de que o ex-presidente seja preso ainda em 2025.

Apesar disso, há relatos de que o “timing” para uma ação internacional já tenha passado e que o movimento deveria ter ganhado força antes de a PGR (Procuradoria Geral da República) oferecer a denúncia, ainda na fase das investigações da PF (Polícia Federal).

Na 5ª feira (14.mar.2025), o processo que apura a alegada tentativa de golpe de Estado em 2022 teve 3 andamentos. São eles:

a PGR se manifestou sobre as defesas prévias dos denunciados;
o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, recebeu a resposta e liberou a análise da denúncia para ser pautada; e
o presidente da 1ª Turma, Cristiano Zanin, marcou a data do julgamento, com sessões extraordinárias para 25 e 26 de março.
Dentro de 10 dias, os ministros vão decidir se Bolsonaro e mais 7 pessoas se tornam réus. Os ex-ministros Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto também fazem parte do grupo denunciado. Também estão incluídos o ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Alexandre Ramagem, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.

A velocidade do andamento do processo foi alvo de críticas do ex-presidente, que disse que o processo tem sido tocado na “velocidade da luz”.

A tática de expor o processo no exterior foi utilizada pelo próprio Cristiano Zanin, então advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante o processo da Operação Lava Jato. Em 2016, Zanin foi até o Comitê de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), na Suíça, para criticar o então juiz Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato. Em 2022, o Supremo reconheceu irregularidades no julgamento e, desde então, tem anulado condenações.

Não há detalhes das ações que devem ser iniciadas no exterior, no entanto, entre os Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é quem tem a maior interlocução no exterior. Desde a eleição do presidente Donald Trump (Partido Republicano), o congressista tem ido constantemente aos Estados Unidos para tratar no Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes de uma lei norte-americana que pode resultar no impedimento da entrada de Moraes no país.

No Brasil, o PL (Partido Liberal) quer que o deputado chefie a Credn (Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional). No entanto, o PT (Partido dos Trabalhadores) quer barrar o congressista de presidir a comissão justamente por sua atuação nos Estados Unidos. A liderança colocaria o congressista em uma posição de representante do Congresso, enquanto defende pautas de interesse da oposição ao governo.

FONTE/CRÉDITOS: Paulo Figueiredo
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