O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (Republicanos) relembrou nesta segunda-feira, 2, os nove anos do início do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Às 13h01, Cunha postou a seguinte mensagem:
O impeachment da petista começou em 2 de dezembro de 2015. O ponto de partida foi principalmente a aceitação, por parte de Cunha, da denúncia por crime de responsabilidade fiscal. Os advogados Hélio Bicudo — um dos fundadores do PT e já falecido –, Janaína Paschoal e Miguel Reale Júnior foram os autores da denúncia.
Lewandowski conduziu processo de impeachment
O processo de impeachment teve a condução, na época, do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Hoje, Lewandowski é ministro da Justiça do governo Lula da Silva, principal apoiador de Dilma na eleição que a levou ao poder em 2010 e na reeleição, em 2014.
Conforme a Lei do Impeachment, Lewandowski assumiu a condução do processo em 12 de maio depois de o Senado aprovar o prosseguimento da ação. A partir dali, a lei estabeleceu o afastamento de Dilma por 180 dias, cabendo ao vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumir o posto de comando do Executivo.
Em 17 de abril de 2016, os deputados aprovaram a instauração do processo contra Dilma por 367 votos favoráveis e 137 contrários. Outros sete parlamentares se abstiveram e dois faltaram à sessão.
No Senado, o afastamento da petista foi aprovado em 31 de agosto do mesmo ano por 60 votos a favor e 20 contra. Houve duas ausências. O então presidente do Senado à época era o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que apoiou a decisão.
Meses depois do impedimento de Dilma, a Justiça mandou prender Eduardo Cunha por corrupção. Quem pediu a prisão foi o então juiz federal e hoje senador Sergio Moro (União Brasil/PR), à época responsável pela Lava Jato em primeira instância, em Curitiba. A operação pediu a condenação de Cunha por improbidade administrativa.
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