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Defesa de general relata pressão de delegado da PF que conduziu inquérito do golpe
Paulo Figueiredo,

Brasil

Defesa de general relata pressão de delegado da PF que conduziu inquérito do golpe

Estevam Theophilo foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por participação na trama golpista de 2022 A defesa do general da reserva Esteva

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Estevam Theophilo foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por participação na trama golpista de 2022
A defesa do general da reserva Estevam Theophilo afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta sexta-feira (7) que o militar foi pressionado pelo delegado Fábio Shor, responsável na Polícia Federal pelo inquérito da trama golpista de 2022.

O relato foi feito pelo advogado Diogo Musy. Segundo a defesa, antes do início do depoimento por videoconferência em fevereiro de 2024, o delegado mentiu a Theophilo que teria o vídeo da reunião entre o general e o então presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Estranhamente, rompendo com o rito vinculado à legalidade que deve nortear a sua atividade, o delegado de Polícia Federal Fábio Schor tentou desestabilizar psiquicamente e submeter o General Estevam Theophilo”, diz a defesa.

De acordo com Musy, o delegado afirmou antes de iniciar a gravação do depoimento que seria “melhor dizer o que aconteceu na reunião com o ex-presidente, porque a gente [PF] tem o vídeo da reunião”.

O advogado diz que pediu a Fábio Shor que apresentasse o vídeo, já que Theophilo “se fazia presente para esclarecer sobre todos os fatos”.

“Apesar de confrontado, o delegado que presidiu o ato não mostrou o vídeo que alegou possuir, e finalizou sua reprovável investida iniciando ‘formalmente’ o depoimento e a respectiva gravação telepresencial.”

A defesa de Theophilo ainda diz que o delegado e o escrivão da PF dificultaram a correção de palavras no termo do depoimento.

“É inaceitável a realização viciada do depoimento do investigado, pois o interesse em investigar apenas parcialmente sobre alguns dos fatos que a própria representação policial lhe imputava, acarreta um inafastável e insanável prejuízo”, afirma Musy.

Procurada, a Polícia Federal disse que não irá se manifestar sobre o caso.

Como a Folha mostrou, investigadores da Polícia Federal suspeitavam que o general Estevam Theophilo tivesse produzido um plano operacional para o golpe de Estado após conversar com Bolsonaro no Palácio da Alvorada.

Nenhuma evidência de que Theophilo tivesse preparado o plano foi encontrada pela investigação.

Estevam Theophilo foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) sob a acusação de ter aceitado “coordenar o emprego das forças terrestres” para um golpe de Estado que impedisse a posse do presidente Lula (PT).

As provas levantadas na investigação, porém, se restringem a declarações do tenente-coronel Mauro Cid em mensagens de WhatsApp que acabaram contraditas pelo próprio militar em sua colaboração premiada.

A inclusão de Theophilo na lista de denunciados pela trama golpista mobilizou integrantes do Alto Comando do Exército de 2022. Parte dos generais de quatro estrelas se dispuseram a defender o colega em eventuais testemunhos ao STF.

A defesa de Theophilo incluiu dez generais na lista de testemunhas enviada ao Supremo. São eles: Freire Gomes, Júlio César de Arruda, Fernando Soares, Hamilton Mourão, Sérgio Negraes, Eduardo Fernandes, André Novaes, Gustavo Dutra, Carlos Pimentel e Andrelucio Couto.


A defesa do general da reserva Estevam Theophilo afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta sexta-feira (7) que o militar foi pressionado pelo delegado Fábio Shor, responsável na Polícia Federal pelo inquérito da trama golpista de 2022.

O relato foi feito pelo advogado Diogo Musy. Segundo a defesa, antes do início do depoimento por videoconferência em fevereiro de 2024, o delegado mentiu a Theophilo que teria o vídeo da reunião entre o general e o então presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Estranhamente, rompendo com o rito vinculado à legalidade que deve nortear a sua atividade, o delegado de Polícia Federal Fábio Schor tentou desestabilizar psiquicamente e submeter o General Estevam Theophilo”, diz a defesa.

De acordo com Musy, o delegado afirmou antes de iniciar a gravação do depoimento que seria “melhor dizer o que aconteceu na reunião com o ex-presidente, porque a gente [PF] tem o vídeo da reunião”.

O advogado diz que pediu a Fábio Shor que apresentasse o vídeo, já que Theophilo “se fazia presente para esclarecer sobre todos os fatos”.

“Apesar de confrontado, o delegado que presidiu o ato não mostrou o vídeo que alegou possuir, e finalizou sua reprovável investida iniciando ‘formalmente’ o depoimento e a respectiva gravação telepresencial.”

A defesa de Theophilo ainda diz que o delegado e o escrivão da PF dificultaram a correção de palavras no termo do depoimento.

“É inaceitável a realização viciada do depoimento do investigado, pois o interesse em investigar apenas parcialmente sobre alguns dos fatos que a própria representação policial lhe imputava, acarreta um inafastável e insanável prejuízo”, afirma Musy.

Procurada, a Polícia Federal disse que não irá se manifestar sobre o caso.

Como a Folha mostrou, investigadores da Polícia Federal suspeitavam que o general Estevam Theophilo tivesse produzido um plano operacional para o golpe de Estado após conversar com Bolsonaro no Palácio da Alvorada.

Nenhuma evidência de que Theophilo tivesse preparado o plano foi encontrada pela investigação.

Estevam Theophilo foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) sob a acusação de ter aceitado “coordenar o emprego das forças terrestres” para um golpe de Estado que impedisse a posse do presidente Lula (PT).

As provas levantadas na investigação, porém, se restringem a declarações do tenente-coronel Mauro Cid em mensagens de WhatsApp que acabaram contraditas pelo próprio militar em sua colaboração premiada.

A inclusão de Theophilo na lista de denunciados pela trama golpista mobilizou integrantes do Alto Comando do Exército de 2022. Parte dos generais de quatro estrelas se dispuseram a defender o colega em eventuais testemunhos ao STF.

A defesa de Theophilo incluiu dez generais na lista de testemunhas enviada ao Supremo. São eles: Freire Gomes, Júlio César de Arruda, Fernando Soares, Hamilton Mourão, Sérgio Negraes, Eduardo Fernandes, André Novaes, Gustavo Dutra, Carlos Pimentel e Andrelucio Couto.

FONTE/CRÉDITOS: Paulo Figueiredo
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