O coronel da reserva José Plácido Matias dos Santos foi condenado pela Justiça Militar a uma pena de quatro meses de detenção em regime aberto, após incitar a insubordinação do Exército ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Apesar da condenação, Matias recebeu o benefício da “suspensão condicional da pena”, já que a sentença foi inferior a dois anos e ele não possui antecedentes criminais por crimes dolosos.
A investigação contra o coronel foi iniciada após uma publicação feita por ele no antigo Twitter (atualmente X) no dia 8 de janeiro de 2023, data marcada pelos atos na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Na postagem, dirigida ao então comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, Matias afirmou:
“O Brasil e o Exército esperam que o senhor cumpra seu dever de não submeter às ordens do maior ladrão da humanidade”.
Em outra publicação, o coronel mencionou que Brasília estava “agitada com a ação dos patriotas” e que seria uma “excelente oportunidade para as Forças Armadas entrarem no jogo, desta vez do lado certo”.
Matias também fez ameaças ao então ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, atualmente ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), escrevendo:
“Está se sentindo empodeirada (sic). Tua purpurina vai acabar”, em uma postagem na mesma rede social.
A condenação de Matias foi decidida pelo Conselho Especial de Justiça para o Exército, de forma unânime. O coronel deverá comparecer à Justiça Militar a cada dois meses como parte das condições impostas pela suspensão condicional da pena.
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