A gestão de Marcio Pochmann no IBGE, classificado pela economista Elena Landau como “pessoa que não entende de estatística“, tem servido como uma propaganda de notícias positivas do governo Lula (PT).
“Não tem preparo para a presidência do IBGE e não tem nada a ver com a linha da equipe econômica do Ministério do Planejamento”, afirmou Landau em 2023.
A economista destacava ainda que a decisão de Lula em escolher Pochamnn para o IBGE, sob o guarda-chuva de Simone Tebet no ministério do Planejamento, seria “colocar em risco as pesquisas no Brasil”.
Nesta quarta, 4, o instituto publicou uma série de estudos em que tenta apresentar um país próspero.
Um deles aponta que o Brasil tirou 8,7 milhões da pobreza no período um ano e 3,1 milhões deixaram a “extrema pobreza”.
Segundo o instituto, o número de jovens brasileiros que não estudam ou não trabalham atingiu o menor nível da série histórica desde 2012.
Em setembro, a taxa de desemprego caiu para 6,4% de acordo com o IBGE.
Nas redes sociais, Pochmann não esconde sua admiração pelo petista e registrou recente encontro:
“O encontro com o presidente Lula no Palácio do Planalto permitiu comprovar o quanto é o seu inegável compromisso e dedicação direcionados à recuperação e modernização do IBGE.”
O petista comemorou os números divulgados pelo IBGE:
“Para isso fomos eleitos“, afirmou Lula.
Os índices econômicos
As marcas da economia, contudo, apresentam uma realidade diferente do que divulga o IBGE.
Segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional), o Brasil passou de 9ª para 10ª posição entre as maiores economias mundiais.
Pela primeira vez na história, o país registrou uma dívida bruta superior a R$ 9 trilhões em outubro.
O valor atingiu 78,64% do PIB (Produto Interno Bruto), que corresponde ao maior patamar desde outubro de 2021, quando foi de 79,1%.
O dólar registrou o recorde de fechamento acima dos R$ 6, em resposta ao pacote de corte de gastos anunciados pelo governo petista.
Na mesma quarta-feira, a Quaest revelou uma pesquisa em que 90% do mercado avalia negativamente o governo Lula.
Gestão de Pochmann no IPEA
A economista Elena Landau relembrou, em 2023, o desempenho ruim de Pochmann à frente de outro instituto, o IPEA.
Landau afirmou que a presidência, entre os anos de 2007 e 2011, foi “desastrosa”:
“Ele demitiu técnicos da maior qualidade, interferia nas pesquisas, por uma razão puramente ideológica. Quem garante que não vai fazer isso no IBGE?”
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