Após receber as primeiras doses da vacina contra a gripe, a prefeitura de São Paulo decidiu antecipar a campanha de vacinação na capital. Com isso, o público-alvo que vive na cidade poderá se proteger contra a doença a partir desta sexta-feira (28), antes do calendário nacional estabelecido pelo Ministério da Saúde, que prevê o início da vacinação para o dia 7 de abril.
Por enquanto, a cidade recebeu 267,7 mil doses do imunizante, que foram distribuídas para as unidades básicas de saúde (UBSs) e para as assistências médicas ambulatoriais AMAs integradas da rede.
Em entrevista coletiva concedida na manhã desta quinta-feira (27) na capital paulista, o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Eleuses Paiva, informou que o governo de São Paulo já recebeu o primeiro lote de vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde, que foram, então, distribuídas para os 645 municípios do estado, entre eles a capital.
“O estado de São Paulo já recebeu o primeiro lote com 1 milhão de doses, que já foram distribuídas em todo o nosso território [paulista]. Orientamos os municípios que comecem já e antecipem a campanha de vacinação. Nós estamos pedindo para antecipar a vacinação no estado”, disse hoje (27) o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Eleuses Paiva.
A meta do Ministério da Saúde é imunizar 90% dos chamados grupos prioritários para a vacinação contra a doença. Ao receber a primeira remessa de doses destinada ao Distrito Federal na sexta-feira passada (21), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que, além de proteger contra um total de três vírus do tipo influenza, a vacina garante uma redução do risco de casos graves e óbitos provocados pela doença.
Padilha afirmou que estados e municípios que receberem as doses ao longo dos próximos dias podem optar por iniciar a vacinação antes do dia 7, como São Paulo anunciou nesta quinta-feira. No Distrito Federal, por exemplo, a imunização deve começou na última terça (26).
Grupos prioritários para vacinação contra a gripe:
- Idosos com 60 anos ou mais;
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
- Gestantes e puérperas;
Também podem se vacinar:
- Povos indígenas e quilombolas;
- Pessoas em situação de rua;
- Pessoas com crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
- Trabalhadores de saúde e da educação;
- Profissionais das forças de segurança, salvamento e Forças Armadas;
- Pessoas com deficiência permanente;
- Caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo;
- Trabalhadores portuários;
- Trabalhadores dos correios;
- População e os funcionários do sistema prisional.
Vacina atualizada
A vacina contra a gripe é produzida pelo Instituto Butantan. Até o final de abril, o instituto irá encaminhar 67 milhões de doses ao Ministério da Saúde, atualizadas para prevenir contra as cepas do vírus influenza A/Victoria (H1N1), A/Croácia (H3N2) e B/Áustria (linhagem Victoria), que são as mais incidentes no Hemisfério Sul neste ano.
Além desses lotes, entre agosto e setembro, o Instituto enviará uma nova remessa com 5,9 milhões de doses ao ministério, que serão encaminhadas aos estados do Norte, onde a campanha de vacinação é realizada no final do ano, levando em consideração as particularidades do início do inverno amazônico.
Segundo Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan, até este momento, já foram encaminhadas cerca de 40 milhões de doses desse imunizante ao Ministério da Saúde. “Tem uma solicitação do ministério para a produção de 72 milhões de doses [desse imunizante]. A gente já entregou 39 milhões, quase 40 milhões de doses”, disse ele.
“É uma vacina de dose única. Primeiro deve se imunizar a população de maior vulnerabilidade, mas é muito importante que todo mundo acima de 60 anos procure um posto para se vacinar contra a gripe”, reforçou Kallás a jornalistas, na manhã desta quinta (27). “Também é importante que mulheres grávidas, pessoas com outros problemas de saúde que os tornam mais vulneráveis, pois têm uma doença mais grave, e também crianças pequenas tomem o imunizante”, acrescentou.
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