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Bancada do agro propõe 20 medidas para conter inflação dos alimentos
Paulo Figueiredo

Política

Bancada do agro propõe 20 medidas para conter inflação dos alimentos

Ao lado de entidades do setor produtivo, a Frente Parlamentar da Agropecuária defende a revisão da carga tributária sobre insumos essenciais

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Ao lado de entidades do setor produtivo, a Frente Parlamentar da Agropecuária defende a revisão da carga tributária sobre insumos essenciaisA Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), colegiado popularmente chamado de bancada do agro, e entidades do setor produtivo enviaram ao governo federal um conjunto de 20 medidas para reduzir a inflação dos alimentos. O documento, entregue aos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa, propõe ações emergenciais e estruturais para equilibrar custos de produção. A proposta ainda pretende ampliar o crédito rural e corrigir distorções econômicas que afetam a competitividade do agronegócio.

Propostas da bancada do agro
As sugestões incluem nove medidas de curto prazo e 11 de médio e longo prazo. No curto prazo, a bancada do agro defende a revisão da carga tributária sobre insumos essenciais, a ampliação do crédito e a eliminação de barreiras regulatórias. No médio e longo prazo, as propostas focam infraestrutura, logística e segurança jurídica para garantir previsibilidade ao setor. O presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), destaca a urgência de soluções estruturais.

“Apresentamos soluções imediatas para amenizar o sofrimento da população, que se assusta cada dia mais com os preços dos alimentos e do produtor que está fazendo o impossível para produzir e pagar suas contas”, afirma Lupion. “Mas é claro que precisamos reestruturar nossa estratégia econômica e evitar distorções de mercado que possam comprometer a competitividade do agro brasileiro.”

Redução dos Preços dos Alimentos: FPA entrega propostas à Haddad e Rui Costa.

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A escalada dos preços dos alimentos no Brasil é resultado de fatores estruturais, conjunturais e políticos que pressionam os custos de produção e afetam o poder de compra da…

— Frente Parlamentar da Agropecuária (@fpagropecuaria) February 28, 2025
Medidas de curto prazo
Revisão da tributação sobre fertilizantes e defensivos agrícolas;
Inclusão do óleo de soja na Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum;
Redução temporária do PIS/Cofins sobre insumos essenciais, como trigo e óleo vegetal;
Revisão do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante;
Redução dos requisitos de garantia real para operações de crédito;
Reavaliação de impostos sobre embalagens essenciais;
Desburocratização alfandegária para agilizar a liberação de mercadorias;
Ampliação do uso do Portal Único de Comércio Exterior; e
Eliminação de barreiras regulatórias desnecessárias na comercialização de produtos agropecuários.
Medidas de médio e longo prazo
Redução do desperdício de alimentos, reavaliando normas de validade;
Plano Safra sem contingenciamentos, garantindo previsibilidade orçamentária;
Facilitação do acesso ao crédito rural, eliminando barreiras regulatórias;
Ampliação da subvenção ao seguro rural e do Proagro para proteção contra perdas climáticas;
Financiamento de longo prazo para a Cadeia de Frio;
Expansão da malha ferroviária e hidroviária para reduzir custos logísticos;
Recuperação de rodovias estratégicas e estradas vicinais;
Ampliação da capacidade de armazenagem para minimizar oscilações de preços;
Aplicação de medidas antidumping apenas em casos comprovados de concorrência desleal;
Aumento da disponibilidade de farelo de milho e soja para reduzir o custo da ração animal; e
Incentivo à produção nacional de fertilizantes e bioinsumos.
Bancada do agro reclama de gastos públicos
O documento da bancada do agro alerta para o impacto do aumento dos gastos públicos e da desvalorização cambial na inflação dos alimentos. Para Lupion, a incerteza fiscal prejudica o poder de compra da população e desestimula investimentos no setor produtivo.

“O governo gasta muito mais do que arrecada e, até agora, não demonstrou preocupação com isso”, disse o presidente da FPA. “Defendemos o agro e sabemos da responsabilidade do setor na geração de emprego e renda para o país, no desenvolvimento tecnológico e no protagonismo mundial. Estaremos sempre na linha de frente para defender a população e o produtor rural.”

Lupion afirma que a desvalorização do real encarece os custos de importação de fertilizantes, defensivos e maquinário. “A alta carga tributária sobre energia, transporte e insumos agrícolas compromete a competitividade do setor e encarece os produtos finais”, afirma. “A FPA alerta que, sem ajuste fiscal e investimentos estruturais, os preços dos alimentos continuarão pressionando o orçamento das famílias, especialmente as de baixa renda.”

FONTE/CRÉDITOS: Paulo Figueiredo
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