De acordo com a mídia estatal.Yagi atingiu no sábado a costa do país, após ter passado pela China, onde causou três mortes no sul e cerca de vinte nas Filipinas, segundo novos relatórios oficiais.
Os serviços de emergência do Vietnã informaram que a tempestade arrancou milhares de árvores e os telhados de casas na província costeira de Quang Ninh, a quase 200 a leste de Hanói, matando três moradores. O tufão também arrastou barcos para o mar, de acordo com a mídia estatal VNExpress.
No sul, em Haiphong, telhados de metal e outdoors voaram pela cidade, tomada pelas fortes chuvas e ventanias. No interior do país, na província de Hai Duong, um homem morreu na rua atingido por uma árvore que caiu.
“Já faz anos que não vejo um tufão desse”, disse Tran Thi Hoa, 48 anos, que mora em Haiphong. "Foi assustador. Fiquei dentro de casa, fechando todas as janelas. Mas o som do vento e da chuva foi impressionante”, conta. “Eu podia até ouvir os telhados de metal quebrando e caindo na rua”, conta.
Antes de chegar ao continente, o tufão arrancou centenas de árvores na ilha de Co To, na costa de Quang Ninh. Vários edifícios de escritórios, escolas e casas na ilha tiveram os seus telhados arrancados pelos fortes ventos.
Segundo as autoridades locais, este tufão é o mais poderoso visto na ilha em várias décadas.
Antes da tempestade, o primeiro-ministro vietnamita, Pham Minh Chinh, pediu às autoridades locais para retirarem os moradores das áreas perigosas. Quatro aeroportos no norte do país, incluindo o Aeroporto Internacional Noi Bai, da capital, foram fechados e a navegação está proibida desde sexta-feira (6).
Destruição e mortes na China
No sul da China, o tufão Yagi deixou pelo menos três mortos e 95 feridos no dia anterior, anunciou no sábado a agência de notícias oficial Xinhua.
A ilha turística de Hainan, conhecida por suas praias e hotéis de luxo, foi particularmente atingida por fortes chuvas e rajadas de vento superiores a 230 km/h, que arrancaram muitas árvores.
O presidente Xi Jinping deu "instruções importantes" após os danos causados pelo tufão em Hainan, na província de Guangdong e outras áreas, informou a Xinhua no sábado.
“O resgate deve ser organizado rapidamente e em grande número para levar socorro às áreas afetadas, e devemos assegurar que a segurança dos bens e das pessoas seja efetivamente garantida”, detalhou a agência.
Cerca de 460 mil pessoas foram retiradas da ilha e 574 mil da província vizinha de Guangdong.
Aeroporto está fechado
O aeroporto de Haikou, capital de Hainan, localizado no norte da ilha, ficará temporariamente fechado até o meio-dia de domingo (8), informou a Xinhua.
Imagens da mídia chinesa filmadas em Hainan e Guangdong mostraram danos significativos.
O canal CCTV transmitiu imagens de um hotel em Hainan com o hall de entrada devastado, com computadores quebrados e pilhas de estruturas metálicas no chão, com as janelas arrancadas pela força do vento.
O tufão matou pelo menos 20 pessoas ao passar pelas Filipinas esta semana, de acordo com um novo relatório do Conselho de Gestão de Desastres. No arquipélago, 26 continuam desaparecidas, segundo a mesma fonte, além de 15 tripulantes de um barco de pesca.
O tufão passou, durante a noite de quinta para sexta-feira, a menos de 400 quilômetros de Hong Kong, causando fortes chuvas. A Bolsa de Valores de Hong Kong foi suspensa na sexta-feira e as escolas fechadas, mas os danos foram limitados.
O sul da China é frequentemente atingido no verão e no outono por tufões que se formam nos oceanos quentes a leste das Filipinas e da Tailândia.
Mas estes tipos de fenômenos estão se formando cada vez mais perto da costa, se intensificando mais rapidamente e permanecendo mais tempo sobre a terra devido às mudanças climáticas, de acordo com um estudo publicado em julho.
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