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Após morte de Yahya Sinwar, Hamas exige cessar-fogo para libertar reféns em Gaza
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Após morte de Yahya Sinwar, Hamas exige cessar-fogo para libertar reféns em Gaza

O grupo Hamas afirmou nesta sexta-feira (18) que os reféns mantidos na Faixa de Gaza só serão libertados após o fim da ofensiva de Israel, apesar da m

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O grupo Hamas afirmou nesta sexta-feira (18) que os reféns mantidos na Faixa de Gaza só serão libertados após o fim da ofensiva de Israel, apesar da morte de seu novo líder, Yahya Sinwar, nesta quinta-feira (17), em uma operação israelense no sul do enclave.

O Hamas, que está no poder em Gaza desde 2007, confirmou na sexta-feira a morte de seu líder, considerado o arquiteto do ataque a Israel em 7 de outubro de 2023.     

O grupo disse que a morte de Sinwar "fortaleceria" o movimento e que os reféns mantidos no território palestino não seriam libertados até “o fim da agressão contra Gaza".  A ala militar do grupo afirmou que a luta continuaria "até a libertação da Palestina". 

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, havia dito nesta quinta-feira (17) que a morte do líder do Hamas marcava o "começo do fim" da guerra em Gaza. Vários líderes ocidentais interpretaram a declaração como o início de uma negociação de cessar-fogo.

Para o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a morte do líder do Hamas criava a oportunidade para a paz no Oriente Médio e um "futuro melhor para Gaza, sem o Hamas".   

Com esta morte "abre-se a perspectiva" de um cessar-fogo em Gaza e de um "acordo sobre a libertação de reféns", disse o chanceler alemão Olaf Scholz, ao receber Biden em Berlim.     

Mas o chefe do Estado-Maior do Exército israelense, general Herzi Halevi, garantiu que a guerra continuaria até a captura de todos os autores do ataque e o retorno de "todos os reféns" mantidos em Gaza.   

Yahya Sinwar, um ativista radical de 61 anos, liderava o Hamas em Gaza desde 2017, antes de ser nomeado líder político do movimento no início de agosto, após a morte de Ismail Haniyeh, em Teerã em 31 de julho, vítima de um ataque atribuído a Israel.

Esperança e resignação
"Agora que Sinwar foi morto, esperamos que a guerra acabe. Eles não têm motivos para continuar esse genocídio", disse Ali Chameli, que vive em Gaza. "A guerra não acabou e os assassinatos continuam", ressaltou Jemaa Abou Mendi, que também vive no território.

Em Israel, o Fórum das Famílias, a principal associação de parentes de reféns, pediu o retorno dos israelenses que continuam no cativeiro. Das 251 pessoas sequestradas em 7 de outubro de 2023, 97 ainda estão sendo mantidas como reféns em Gaza e 34 foram declaradas mortas pelo Exército.  

O ataque resultou na morte de 1.206 pessoas em Israel, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais, incluindo reféns que morreram em cativeiro.   

"O controle do Hamas Gaza continua sendo importante, particularmente por meio do controle da ajuda humanitária", acrescenta o especialista regional David Khalfa. Na sexta-feira, o Exército israelense anunciou que continuava suas operações em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza.     

Hezbollah acelera guerra com Israel
A morte de Sinwar ocorre em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio, onde Israel entrou em guerra com o Hezbollah no final de setembro e prometeu responder ao ataque de mísseis do Irã em seu território em 1º de outubro.

Para Teerã, Yahya Sinwar continua sendo uma "fonte de inspiração" no Oriente Médio. "Gaza e a causa palestina triunfarão", disseram os rebeldes houthis do Iêmen. Já o Hezbollah disse que continuaria a "apoiar" os palestinos.

Após um ano de combates na fronteira, Israel vem realizando operações terrestres no sul do Líbano desde 30 de setembro, além de ataques aéreos. 

Israel diz que quer permitir o retorno ao norte de seu território de cerca de 60 mil pessoas deslocadas no ano passado pelo lançamento de foguetes do Hezbollah.     

O Exército anunciou na sexta-feira que novos reforços estavam sendo mobilizados nesta região. Na noite de quinta-feira, o movimento islâmico libanês anunciou que estava "acelerando" sua guerra com Israel, e afirmou ter usado mísseis teleguiados de precisão pela primeira vez para atingir soldados israelenses.

O Hezbollah reivindicou na sexta-feira a responsabilidade por ataques ao norte de Israel e contra soldados israelenses perto de duas aldeias e da cidade de Safed, no norte.  

Pelo menos 1.418 pessoas foram mortas no Líbano desde o início dos bombardeios israelenses contra o Hezbollah em 23 de setembro, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais. A ONU contabilizou cerca de 700.000 pessoas deslocadas.

Os rebeldes huthis do Iêmen prestaram homenagem nesta sexta-feira ao líder do Hamas e prometeram que "Gaza e a causa palestina triunfarão, independentemente do tamanho dos sacrifícios". Também nesta sexta, o chanceler iraniano, Abbas Araqchi, afirmou que Sinwar continua sendo uma "fonte de inspiração" para aqueles que lutam contra Israel.

Segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza mais de 42.500 palestinos morreram desde o início da guerra, há mais de um ano.

FONTE/CRÉDITOS: RFI
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Vilson sales

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